Colega nosso recebeu uma tradução para fazer proofreading. Estou usando o nome em inglês, porque o serviço foi tratado em inglês. Em português, proofreading é leitura de provas. A tradução, no dizer do colega, estava catastrófica. Aparentemente, era puro Google Translate e precisava ser retraduzido.
Como o caso é cada vez mais frequente, vou fazer umas observações genéricas, em vez de me ater à história do colega.
Parece que muitas agências aboliram o termo editing (preparação de originais, revisão de traduções) e só pedem proofreading. Proofreading é a terceira fase do trabalho. Primeiro se traduz, depois se revisa (cotejando original e tradução) e, por fim, quando o texto está já diagramado, faz-se a leitura de provas, para ver se escapou alguma coisa menor, um acento, uma divisão interlinear defeituosa, um hífen errado, essas coisas. Demanda olhos de águia, mas não inclui cotejo e a consequente reformulação de frases e, por isso, é serviço bem mais rápido. Por ser mais rápido, o preço por palavra é menor. Mas o ganho final, por hora de trabalho, deve ser igual.
A tradução bruta feita automaticamente deve passar por um processo chamado pós-edição (post-editing), que demanda mais tempo que editing e bem mais que proofreading e, portanto, exige taxas mais altas. A situação se agrava quando a tradução tiver sido feita no Google Translator, que, embora o mais conhecido motor de tradução automática, está longe de ser o melhor. Querer que alguém ponha “em língua” um texto traduzido pelo Google Translator pelo mesmo preço que faria revisão de provas de um texto que já passou por revisão é absurdo.
Nem sempre é fácil saber se a má fé veio da agência, que meramente rodou o texto no Google Translator e mandou para o tradutor para ver se grudava, ou do tradutor que quis dar uma de experto. O importante, que eu entenda, é que, ao negociar o serviço, o tradutor deixe claro o que vai fazer pelo preço ajustado e se recuse a trabalhar se o serviço enviado não for o combinado.
Lamentavelmente, na ânsia de pegar o serviço, muitos colegas aceitam de olhos fechados encargos que de olhos abertos recusariam e se metem em encrencas que teriam sido fáceis de evitar com um pouco menos de ansiedade.
Como o caso é cada vez mais frequente, vou fazer umas observações genéricas, em vez de me ater à história do colega.
Parece que muitas agências aboliram o termo editing (preparação de originais, revisão de traduções) e só pedem proofreading. Proofreading é a terceira fase do trabalho. Primeiro se traduz, depois se revisa (cotejando original e tradução) e, por fim, quando o texto está já diagramado, faz-se a leitura de provas, para ver se escapou alguma coisa menor, um acento, uma divisão interlinear defeituosa, um hífen errado, essas coisas. Demanda olhos de águia, mas não inclui cotejo e a consequente reformulação de frases e, por isso, é serviço bem mais rápido. Por ser mais rápido, o preço por palavra é menor. Mas o ganho final, por hora de trabalho, deve ser igual.
A tradução bruta feita automaticamente deve passar por um processo chamado pós-edição (post-editing), que demanda mais tempo que editing e bem mais que proofreading e, portanto, exige taxas mais altas. A situação se agrava quando a tradução tiver sido feita no Google Translator, que, embora o mais conhecido motor de tradução automática, está longe de ser o melhor. Querer que alguém ponha “em língua” um texto traduzido pelo Google Translator pelo mesmo preço que faria revisão de provas de um texto que já passou por revisão é absurdo.
Nem sempre é fácil saber se a má fé veio da agência, que meramente rodou o texto no Google Translator e mandou para o tradutor para ver se grudava, ou do tradutor que quis dar uma de experto. O importante, que eu entenda, é que, ao negociar o serviço, o tradutor deixe claro o que vai fazer pelo preço ajustado e se recuse a trabalhar se o serviço enviado não for o combinado.
Lamentavelmente, na ânsia de pegar o serviço, muitos colegas aceitam de olhos fechados encargos que de olhos abertos recusariam e se metem em encrencas que teriam sido fáceis de evitar com um pouco menos de ansiedade.
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